quinta-feira, 29 de abril de 2010

Cantiga de Amigo*

Lua que de tão longe alumia
Vá-te embora, venha o dia
Que essa noite meu coração partia
Se somente cedo meu amigo via

Lua que de tão longe alumia
Nunca disseste que tão grande amor aqui cabia
Nunca disseste que mata a nostalgia
Se somente cedo meu amigo via

Lua que de tão longe alumia
Roga aos céus e à ventania
Que a aurora não sê tardia
Se somente cedo meu amigo via

Lua que de tão longe alumia
Se pudesse, já em meu leito dormia
Mas a noite nunca findaria
se somente cedo meu amigo via.





(*Em tempo! Estava cá eu a estudar trovadorismo e me ocorreu que a melhor maneira de lembrar das características dessa escola literária seria se eu compusesse algo no estilo!
Bem, então aí está uma Canção de Amigo, onde eu coloquei tudo que me vinha à memória:

~ Eu lírico Feminino
~ Iniciante nas descobertas do amor
~ Marcas fortes de oralidade (paralelismo, refrão, repetição, whatever)
~ Ambientação simples, oposta à cortês da "canção de amor"
~ Declarar a saudade do amigo (que apesar da palavra, era como se referiam aos seus amados)

sábado, 17 de abril de 2010

Estou à procura
De uma dose de loucura,
De um pouco de doçura,
Do que me ofereça a cura
Dessa vida de censura
E o fim dessa procura
Que minha essência tortura
É seu lábio que me jura,
Seu olhar que me assegura
Um amor que a eternidade dura.