terça-feira, 17 de março de 2009

Outro dia se foi sem que eu pudesse sê-lo de fato;
Tudo bem, esse não é o primeiro.
Amanhã outro vai vir e nesse meio tempo eu durmo.
Enquanto durmo não sou.
Mas se estou acordada, não sou também.
Adianta vivê-los?
Sei que existem as esperanças e os desejos:
Aprendi a conviver com eles,
Mas acho que os tornei banais.
Quero tanto! Quero o mundo!
Quero o meu mundo.
Mas com que tijolos devo construí-lo?
(Inércia...)
Meu mundo habita o campo das idéias,
Junto com meus desejos,
Meus sonhos.
O campo das idéias é misterioso
E eu começo a decifrá-lo.
Eis minha primeira descoberta:
As raízes do que se planta lá ficam no ar.
Quanto mais se planta as coisas ali,
Quanto mais se cava e depois se cobre com terra pra que se firme
Mais elas voam
E vão rumo às estrelas: ao inalcançável.
Quanto mais você acredita que elas estão fixas ali
Mais elas se distanciam
Até deixar de ser.
Então não existe nada.
Nem no belo campo das idéias, nem nesse mundo de cores mortas.
Até quando?

sábado, 7 de março de 2009

BBB, Welcome to Trashland.

Não falo sobre TV e não assisto TV. Sou assim mesmo, chata e metida a besta sabichona, fazer o quê?
Já dizem por aí que toda regra tem uma excessão; Não sou dada a regras e, portanto, nem à excessões. Quero as coisas do meu jeito (o mundo todo, se possível) e o meu jeito hoje é assim, jeito de quem teve um pensamento aleatório que quer morar aqui.

Certas coisas simplesmente me deixam indignada, fula da vida e a ponto de cuspir fogo. Falta de coerência é uma delas. Eu sei que eu devia fechar os olhos, porque se o mundo é mesmo como vejo, TENHO que acreditar num mundo do meu jeito, mas dessa vez não deu. Simples assim.
BBB? Prova de resistência física, desafios numa casa com piscina, academia, banheiras, tudo bancado pela Globo e o Brasil todo parando pra ver isso? Ah, Faça-me um favor!
Coloque as siliconadas e os bombados pra passar uma semana inteira nas ruas, nesse calor abençoado do nosso país tropical, juntando latinhas pra comprar o que comer e aí sim vocês terão um verdadeiro show de realidade.

Tenho dito.
Eu caí e você viu.
E viu que doeu;
E que ainda sangrava;
E que a dor não passava.
Mas o que você não viu
É que o fardo era meu
Mas você me ajudava;
-Também carregava-
E eu levantava.

E eu reaprendi a andar
E a trilhar novos caminhos
Para os velhos lugares
Onde a felicidade
Ainda esperava por mim.
O que eu não percebi
É que na minha jornada
Você me apoiava;
E era o porto seguro
Onde eu ancorava.

Mas hoje eu vi.
Vi que a lua brilhava;
Que a noite reinava;
Que o calor emanava,
Mas algo estava terrivelmente errado!
Eu me perdia no escuro
E só me encontrava
Naquele sorriso
Que me abraçava.
-O sorriso era seu.

Hoje eu não achei
A luz dos seus olhos,
E a força da sua voz
E a lucidez do seu sorriso.
-Deus, dessa vez, quem sangrava era você!-
Eu não pude te reconhecer
E, assim, sem querer
Eu consegui me perder
Por que sem te ver
Nem sei se posso ser...