terça-feira, 17 de março de 2009

Outro dia se foi sem que eu pudesse sê-lo de fato;
Tudo bem, esse não é o primeiro.
Amanhã outro vai vir e nesse meio tempo eu durmo.
Enquanto durmo não sou.
Mas se estou acordada, não sou também.
Adianta vivê-los?
Sei que existem as esperanças e os desejos:
Aprendi a conviver com eles,
Mas acho que os tornei banais.
Quero tanto! Quero o mundo!
Quero o meu mundo.
Mas com que tijolos devo construí-lo?
(Inércia...)
Meu mundo habita o campo das idéias,
Junto com meus desejos,
Meus sonhos.
O campo das idéias é misterioso
E eu começo a decifrá-lo.
Eis minha primeira descoberta:
As raízes do que se planta lá ficam no ar.
Quanto mais se planta as coisas ali,
Quanto mais se cava e depois se cobre com terra pra que se firme
Mais elas voam
E vão rumo às estrelas: ao inalcançável.
Quanto mais você acredita que elas estão fixas ali
Mais elas se distanciam
Até deixar de ser.
Então não existe nada.
Nem no belo campo das idéias, nem nesse mundo de cores mortas.
Até quando?

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