quarta-feira, 22 de abril de 2009

Em um momento rebelde II

Cala-te para não sofrer
Ao ver que teu grito é mero sussurro
Numa multidão de estátuas.
Derrama teu sangue
Para que esse líquido sujo
Não agite seu corpo
Numa multidão de estátuas.
Cerra teus punhos
Para que a mão que trabalha
Não empunhe uma espada
Contra uma multidão de estátuas.
Destrói a tua alma
Para que seus ímpetos rebeldes
Não queiram achar o amor
Numa multidão de estátuas.
Almeja o vil, denigre teu eu
Transforma-te em pedra.
-Estátua não busca os céus
Tampouco sangra na queda.

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