sábado, 16 de maio de 2009

Eu não quis falar de amor;
Você sabe que eu não acredito nisso.
Também nem quis pensar na dor;
Você sabe: era pra ser sem compromisso.
E eu nem devia estar escrevendo agora
(palavra escrita é o lar da melancolia).
Você fala, repete, diz que me adora.
Me beija, me abraça, me enche de alegria...
(Eu sei que não devia me envolver
Mas não sei mais ser como era no início.)
Eu tento te entender, mas eu também não sei o que quero
Me perco nos meus próprios pensamentos
E tento viver enquanto te espero.
Não quero pensar em relacionamento:
Me doar,
Esperar,
Desejar,
Mas com você tudo parece tão normal...
(Ah, não era pra ser assim!)
Ta tudo do avesso
Me perco no fim
Me acabo no começo.
As janelas agora estão abertas outra vez;
Eu já tinha esquecido do calor do sol
Depois do frio imenso que fez.
A luz que me toca é quase agressiva:
Acaricia minha pele, alcança minha alma
queima, fere, dilascera e inflama.
A caneta risca o papel de forma compulsiva,
O corpo quer descansar, mas a mente não cede
Teimo em traduzir em letras o que a alma clama
Sem saber que é tudo simples:
É pela sua essência que a minha chama.
Não quis pensar em rimas ou floreios;
A letra é urgente, quase nem eu mesma entendo.
Não escrevi pra encantar casais apaixonados
Ou pra te justificar uma coisa qualquer.
Escrevo porque o coração ta aqui se espremendo
E parece que não vai aguentar tudo sozinho
Mas não, meu menino, não era pra ser assim.

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